Na tradição esotérica propagado pela Ecclesia Lux, a história de Adão e Eva não é interpretada como um pecado ou uma tragédia de desobediência, mas como o marco iniciático da consciência humana, uma passagem necessária do ser inocente ao ser desperto.
Dentro dessa ótica, o mito do Gênesis não representa a queda no pecado, mas sim a ascensão à liberdade. É o primeiro e maior símbolo do arquétipo do aventureiro espiritual: aquele que ousa atravessar os limites impostos pela ordem, pela segurança e pela ignorância, saindo da sua zona de conforto para adentrar o terreno vasto, perigoso e sagrado do desconhecido.
Segundo os ensinamentos internos da Ecclesia Lux, há uma diferença fundamental entre o viver e o existir. O existir é o estado passivo do Éden: protegido, repetitivo, obediente, sem dor, sem escolha. Já o viver, por outro lado, é o arriscar, que se inicia com a transgressão: com a…