AS CRUZES SACERDOTAIS E SATANISTAS E SUA RELAÇÃO COM LÚCIFER, A ESTRELA MATUTINA PORTADORA DA LUZ DIVINA

Caríssimos peregrinos. Saudações.
Você já se esteve diante de um símbolo que parece conter a chave de todos os segredos do universo?
Você já desejo conhecer um guia que promova o seu retorno à sua origem divina?
Saiba que a cruz, em suas múltiplas formas, é essa chave e nós iremos te explicar por que! E ainda mais...
Quando unida ao símbolo do infinito e às cores da alquimia, conforme as duas cruzes da Ecclesia Lux, ela se revela como a representação mais completa e sutil da ascensão espiritual da alma do ser humano, pois o seu traçado vertical e horizontal são assinaturas cósmicas da interseção entre o divino e o terreno, o finito e o eterno, o homem e Deus.
Diante essa via iniciática real ensinada pela cruz, aprende-se que a alma do iniciado não apenas evolui, mas revive o percurso da Criação, descendo corajosamente à matéria para aprender com as experiências da vida (faze o que tu queres), purificar-se no fogo da consciência (e será toda lei) e ascendendo inexoravelmente à luz (todo homem e toda mulher é uma estrela).
Esta é a jornada da alma durante sua Grande Obra (Magnum Opus), um trabalho não só explicado pela via iniciática, mas também e principalmente pela via Alquímica, um processo sagrado pelo qual a consciência humana, uma pedra bruta, é lapidada até se tornar o Ouro Filosófico: a perfeição do ser reintegrado através da alquimia espiritual (ou sexual).
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A Senda das Cruzes: Do Símbolo Externo à Chave Interna
Antes de decifrar o mapa completo, é crucial entender que a própria cruz evoluiu à medida que a alma avançou em sua jornada espiritual e iniciática.
1. A Cruz Papal: A jornada para muitos começa aqui, sob o símbolo da autoridade e da ordem externa do Papa (Pai Espiritual, seja ele padre ou pastor da igreja, bem como mestre e iniciador das ordens iniciáticas).
A Cruz Papal, com suas três travessas, representa uma doutrina, a estrutura da fé, o mapa que outros mestres ancestrais traçaram do Papa e sua relação com a trindade sagrada (Pai, Filho e Espírito Santo, que para nós corresponde à Mãe ou ao Sagrado Feminino). A Cruz Papal é o porto seguro da cristandade, onde a tradição contém a revelação desse mistério. Mas a verdadeira iniciação exige que você zarpe deste porto para navegar as águas do seu próprio ser, pois o filhos (travessão inferior) nasceu da penetração da vida espiritual (travessão vertical) nas duas traves horizontais (pai e Mãe). Mas cabe ao filho evoluir e reintegrar ao pleroma. E este processo só ocorre com o aprendizado e amadurecimento através das experiências das vidas, ou seja, através da morte e renascimento no ciclo reencarnatório através da roda de Samsara, simbolizado pelo infinito e que esclarecemos logo abaixo na Cruz de Leviatã.
2. A Cruz de Leviatã: Este é o Ponto de Partida na Matéria, experimentando, acertando, errando e reencarnando para transformar o erro em acerto. A verdadeira obra da alma começa quando você se volta para dentro. A Cruz de Leviatã, com seu infinito na base, simboliza este ponto de partida. Ela ancora a consciência na existência terrena e nos ciclos reencarnatórios da natureza (primavera, verão, outono e inverno) para dar início ao processo alquímico mais crucial da alma, evoluir na fase alquímica do Nigredo, na qual a alma nasce como criança, vive a plenitude na adolescência, estabiliza na fase adulta para realizar a transição com mais sabedoria na fase senil, quando morre e depois reencarna para um novo ciclo evolutivo. E é isto que a ecclesia lux convencionou chamar de as Quatro Estações da Alma.
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As Quatro Estações da Alma - A Jornada Alquímica na Cruz do Hierofante
É no símbolo da Cruz de Hierofante da Ecclesia Lux, com suas três travessas e o Ouroboros, que a jornada da alma se revela completa em sua totalidade. Cada elemento é uma estação, uma cor, uma transmutação.
1. O Infinito e a Nigredo: O Confronto com o Caos Primordial
Na base de tudo repousa o símbolo do infinito (∞), a serpente que se devora, o Ouroboros. Este é o verdadeiro portal iniciático para a fase Nigredo, a Obra Negra.
É aqui que a alma desperta para o reconhecimento de sua própria sombra. Não se engane: o preto não é a cor da morte, mas da vida que germinará. É o ventre escuro da terra onde o ouro da sua essência ainda dorme em estado bruto. O infinito simboliza o ciclo eterno de nascimento, morte e renascimento, ou seja, o Samsara hindu. Preso à roda do tempo, espaço e das paixões, a alma percebe a ilusão da repetição e compreende a verdade libertadora: a eternidade não está na matéria, mas na sua transcendência.
O encontro com a Nigredo é o choque de consciência que dá início à dissolução do ego. É VITRIOL, a sua descida voluntária às profundezas do inconsciente para confrontar o caos e as limitações que o aprisionam.
Lembre-se disto: somente quem atravessa o negro absoluto e enfrenta sua própria sombra pode começar a ver a luz.
Essa afirmação está em harmonia com a bíblia, seja no evangelho 1 João 1:8-9, (Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.), seja no Salmo 30:5, (Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.). Vencendo a própria sombra, purifica-se e chega a fase albedo.
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2. A Primeira Travessa e a fase Albedo: A Alvorada da Purificação
Emergindo da escuridão, a primeira travessa horizontal, de cor branca, representa o estágio Albedo, a Obra Branca.
Depois da morte simbólica e da putrefação do velho eu, a alma começa a ser lavada pelas águas cristalinas da consciência. É a fase da purificação, da penitência e da clareza ofuscante. Aqui, a alma entra no caminho do Sacerdócio Interno, aprendendo a disciplinar seus pensamentos, domar seus impulsos e buscar a harmonia sagrada entre corpo, alma e espírito.
O branco expressa o poder da pureza, da verdade e da fé. Você reconhece sua natureza espiritual e começa a ordenar o caos dentro de si, transformando o chumbo pesado da ignorância na prata luminosa da autoconsciência. Esta travessa é o fundamento da pureza. A serpente inferior não mais o domina. Doravante, você a utiliza como força criadora, elevando-se através do Eixo da Cruz até a segunda trave na fase rubedo.
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3. A Segunda Travessa e a fase Rubedo: O Casamento do Sol e da Lua
A travessa central, de um vermelho ardente, representa a Rubedo, a Obra alquímica Vermelha. Este é o ponto de ignição, a fase da união dos opostos e do nascimento do novo ser. É o fogo alquímico que consome as impurezas restantes e transfigura a alma em chama viva.
É aqui que o iniciado se torna Sacerdote da Vontade e do Amor. O vermelho simboliza o sangue do sacrifício e a energia criadora que, transmutada, torna-se força espiritual irresistível.
No coração desta etapa arde o Casamento Espiritual, a integração do princípio solar (espírito) e do princípio lunar (alma) ou ainda Casamento Alquímico, a integração do princípio masculino (enxofre) e do princípio feminino (mercúrio). Você aprende a amar com sabedoria e a agir com compaixão, tornando-se o mediador consciente entre o céu e a terra.
A Rubedo é a sua aurora espiritual. O ser, outrora dividido, começa a irradiar luz própria com ascender da kundalini. Seu fogo já não destrói; agora ele ilumina. É neste estágio que se consolida o grau de Iniciador. Entretanto a jornada suprema ainda continua na fase dourada.
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4. A Terceira Travessa e a fase Citrinitas: A Manifestação da Luz Divina
No topo da cruz, coroando toda a obra, brilha cruz de hierofante da ecclesia lux o travessão dourado, símbolo alquímico da fase Citrinitas, a Obra Dourada. Este é o ápice, o estágio em que você atinge a plena iluminação, o momento da Hierofania, a manifestação do Sagrado em si mesmo.
O dourado não é apenas uma cor, mas uma luz: o reflexo do Sol Espiritual que nasce no interior da sua consciência purificada, Gnose manifesta pela Sophia. Nesta fase, a alma humana se torna Hierofante, a Reveladora da Luz Superior (gnose). Você alcança a Teofania, a experiência direta e consciente da presença divina, comunhão com a consciência Crística Cósmica. Você não mais busca o divino como algo exterior, pois você o manifesta em si, do seu íntimo, tornando-se o espelho da própria divindade aqui na terra como no céu.
O ouro é o símbolo da incorruptibilidade e da sabedoria eterna. É a vitória final da luz sobre as trevas, o ponto em que seu espírito se reintegra ao Uno. Agora, você é Luz que conhece a Luz, o Filho pródigo reintegrado ao seio do Pai.
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Conclusão: O Hierofante é a Estrela Matutina – O Sol Nascente
Caríssimos.
Hoje você aprendeu que no vértice dourado da cruz de hierofania da ecclesia lux você reencontra e se torna no seu próprio deus, o Sol interno.
A serpente que antes o prendia a terra como o rabo de satã, agora é o ouroboros vertical do caduceu de Hermes, serpente que ascende e o envolve, permitindo sua alma peregrinar luminosa pela eternidade de forma onsciente.
Portanto a cruz hierofântica da Ecclesia Lux simboliza o profano ou satanista (materialista) que se torna iniciado, o iniciado que avança até se tornar iniciador; e por fim, o iniciado que conquista pela teofania a condição de Hierofante, o portador da Luz que revela o brilho crístico do fogo interno, tornando-se um mediador da luz entre os mundos.
Assim, a cruz deixa de ser um instrumento de fé para se tornar no selo supremo da sua transmutação evolutiva: da matéria à alma, da alma ao espírito, do espírito à divindade.
Esta é a escada de Jacó à sua ascensão, uma chave poderosa que revela o nascimento e renascimento da alma até o eterno retorno à Casa da Luz, o seu deus interior.
A jornada está mapeada.
O caminho espera por você.
Boa jornada.
Pax et Lux
FR+ Irmão Leigo

