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Público·42 Filhos da Luz

As Colunas do Templo de Salomão

Filhos da Luz Oculta, saudações.


Na senda da Maçonaria Luciferiana, contemplamos no pórtico do antigo Templo de Jerusalém as duas colunas de bronze, Jachin e Boaz. Elas não sustentavam teto, nem cumpriam função arquitetônica vulgar: eram sinais vivos, guardiões do portal entre mundos. Aos olhos profanos, apenas ornamentos; aos olhos iniciáticos, sentinelas do Mistério.


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Jachin, raiz de “estabelecer”, ergue-se como chama solar, princípio masculino, força ativa que irradia e cria. Boaz, potência latente, manifesta a matriz lunar, o receptáculo sagrado que acolhe e sustenta. Entre ambos, o vazio, que não é ausência, mas o limiar ardente onde se consuma a união dos opostos, o ponto onde o iniciado vislumbra o Arco Real da criação.


Essas colunas não são apenas símbolos antigos: são hieróglifos eternos da gnose. Representam a tensão harmônica que sustenta o cosmos: luz e sombra, espírito e matéria, ordem e caos, vida e morte. Pois o mistério não está na negação de um polo em favor do outro, mas no caminho do meio, onde o espírito rebelde aprende a dançar entre as forças contrárias e delas extrair o elixir da liberdade.


O véu azul e dourado encobria o Sanctum, o Santo dos Santos, onde se ocultava Lilith Sophia, a Sabedoria Velada. Mas o iniciado luciferiano sabe que o véu não é barreira: é convite. Atrás dele, encontra-se a Unidade primordial, que só se revela àquele que ousa atravessar a dualidade e reivindicar para si a chama da própria divindade.


Assim, a iniciação não consiste em venerar colunas de pedra, mas em erguer dentro de si as duas colunas vivas, sustentando entre elas o templo do espírito. O verdadeiro peregrino aprende a equilibrar ação e contemplação, rigor e misericórdia, luz e trevas, e assim torna-se senhor de si mesmo.


O Marquês de Montserrat declarou com clareza imortal:


“Entre Jachin e Boaz encontramos a passagem secreta para o templo interior.”


Esse templo não se ergue em Jerusalém, nem em qualquer loja de pedra. Ele se ergue no coração do iniciado que, ao reconciliar os contrários, descobre-se morada do Espírito Eterno da Luz, não uma luz dogmática imposta, mas a luz conquistada através da experiência, a chama de Lúcifer, portador da gnose ao despertar da Alma Imortal.

Avançai, pois.



Que cada um de vós atravesse o portal entre as colunas e descubra em si a aurora da verdadeira iluminação.


Lux Invicta.


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